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20 de agosto de 2011

Caminhada Cultural da Fé no Centro de São Paulo

Texto de Luiz Felipe Orlando

Arte, fé e história na “via-sacra” do Centro

Visitar igrejas não é só para turista em viagem pela Europa – ou por Salvador. Um trecho do centro paulistano reúne oito templos católicos de diferentes épocas e estilos arquitetônicos. Desde os mais famosos, como a Catedral da Sé e o Mosteiro de São Bento, até igrejas quase tão antigas quanto a cidade, como a de Santo Antônio, de 1590.


l. Igreja Nsa. Sra. Da Boa Morte

Reaberta em 2009 após sete anos de reforma, essa foi a primeira igreja de São Paulo frequentada por brancos e negros. O nome vem de uma tradição do século XIX, quando os escravos que iam ser enforcados, antes da execução, rezavam por “uma boa morte”. Fica aberta 24 horas. Rua do Carmo, 202, tel. 3104-0055

2. Igreja Do Carmo

A construção é de 1632 e o interior está sendo restaurado. A primeira metade do teto já foi recuperada e é possível ver as pinturas originais. No corredor lateral, observe as imagens de Santa Tereza D'Avila, retiradas do teto do antigo convento das carmelitas. Atrás do altar, fica uma imagem do Senhor da Agonia, trazida de Lisboa em 1735. Av. Rangel Pestana, 230, tel. 3242-8361

3. Capela De Anchieta

A primeira missa da cidade foi celebrada nesse ponto, em 1554, numa cabana de pau a pique. Mais tarde, foram construídos a igreja e o colégio dos jesuítas. Depois da expulsão dos religiosos, o colégio ficou abandonado e desabou em 1896. As construções atuais são da década de 1970, réplicas das originais. Na capela fica exposto o fêmur do padre Anchieta. Pça. Pateo do Collegio, 84, tel. 3105-6899

4. Café Girondino

Embora tenha pouco mais de dez anos, a casa tem a elegância do começo do século XX. Ali funcionava o antigo Hotel D'Oeste e o nome – Girondino – foi recuperado de outro estabelecimento da época, que ficava na Rua XV de Novembro. No andar de cima funciona um restaurante. Rua Boa Vista, 365, tel. 3229-4574

5. Mosteiro São Bento

O terreno foi doado aos monges beneditinos em 1600, mas a construção atual é do século XX. Aos sábados, às 6h, e domingos, às 10h, apresentações de cantos gregorianos acompanham a missa. Não deixe de visitar a padaria dos monges, que vende pães, bolos, biscoitos e geleias. Largo de São Bento, s/nº, tel. 3328-8799

6. Igreja Santa Ifigênia

Erguida em 1912 em estilo neorromânico, a construção lembra templos medievais da Europa. Os vitrais vieram de Veneza e os púlpitos neogóticos são franceses. Foi construída sobre os escombros da antiga Capela Nossa Senhora da Conceição. Demolida em 1905, ela era menor e tinha estilo colonial. R. Sta. Ifigênia, 30, tel. 229-6706

7. Ponto Chic

No mesmo endereço desde 1922, foi frequentado por figuras da política, artes e esportes da época. Ali foi criado o bauru, sanduíche com pão francês, tomate, pepino e rosbife, com uma generosa porção de queijo fundido e derretido em banho-maria. Lgo. do Paissandu, 27, tel. 3222-6528

8. Igreja Nsa. Sra. Do Rosário Dos Homens Pretos

Inaugurada em 1906, foi uma das primeiras em estilo neorromânico da cidade. Tem o interior bastante colorido, estátuas de santos negros e brancos. Ao lado da igreja está a estátua da Mãe Preta, de Júlio Guerra, uma homenagem às antigas mães de leite. Lgo. do Paissandu, s/nº, tel. 3223-3611

9. Teatro Municipal

Em setembro faz 100 anos e acabou de passar por uma reforma de quase três anos, com fachada e vitrais restaurados, tapeçaria tratada e palco e iluminação modernizados. O projeto original é dos arquitetos Ramos de Azevedo e Domiziano e Cláudio Rossi. Pça. Ramos de Azevedo, s/nº, tel. 3397-0300

10. Igreja De Santo Antônio

Considerada a mais antiga igreja remanescente da cidade. Foi erguida em 1590. A fachada, que era em estilo rococó, foi reconstruída em 1899 e ficou mais sóbria. O altar se manteve original e bem conservado e ainda é um belo exemplar do estilo. Praça do Patriarca, 49, tel. 3242-2414

11. Igreja De São Francisco De Assis

O templo é de 1647, mas a fachada passou por uma reforma no século XVIII e ganhou feições barrocas. Ao lado havia um convento, berço da faculdade de Direito, fundada em 1827. Nos anos 1930, o convento foi demolido para a construção das atuais instalações da faculdade. Largo São Francisco, 133, tel. 3291-2400

12. Chapelaria Paulista

A loja foi aberta por um imigrante italiano em 1914 e até hoje está sob a direção da mesma família. Vende chapéus de todos os tipos – do personagem Indiana Jones ao tipo panamá, passando por boinas e chapéus de feltro. Rua Quintino Bocaiúva, 64, tel. 3107-5803

13. Catedral Da Sé

Fica no marco zero da cidade e é a maior igreja de São Paulo, com capacidade para 8 mil pessoas. Projetada pelo alemão Max Hehl em estilo neogótico, foi construída entre 191261954 e é um dos cinco maiores templos góticos do mundo. No subsolo, a cripta tem mausoléus do Regente Feijó e do cacique Tibiriçá. Pça. Da Sé, s/nº, tel. 3107-6832

Fonte

REVISTA ÉPOCA SÃO PAULO. São Paulo: Editora Globo, n. 40, agosto, 2011.

Crédito das imagens: Leandro Guima; Pulsar Imagens.

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Arquitetura Clássica e Estilos Arquitetônicos

7 de agosto de 2011

Filosofia de Tubarão

Autor desconhecido

Os japoneses sempre adoraram peixe fresco.

Porém, as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco. E os japoneses não gostaram do gosto destes peixes.

Para resolver este problema, as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito tempo. Os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Então, as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques e mante-los vivos.

Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam vivos, porém cansados e abatidos. Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os consumidores japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático.

Como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor?

Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria? Antes da resposta, leia o que vem abaixo:

Quando as pessoas atingem seus objetivos tais como: quando encontram uma namorada maravilhosa, quando alcançam sucesso numa empresa, quando pagam todas as dívidas, ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões. Elas podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então relaxam. Elas passam pelos mesmos problemas de ganhadores de loteria, que gastam todo seu dinheiro, o mesmo ocorre com os herdeiros, que nunca crescem, e de donas-de-casa, entediadas, que ficam dependentes de remédios de tarja pretas.

Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou no começo dos anos 50: “O homem progride, estranhamente, somente perante a um ambiente desafiador”.

Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema. Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo a passo, conquistar esses desafios, você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado e com vontade de tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques, nos seus barcos. Mas eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega muito vivo e fresco no desembarque. Tudo porque os peixes são desafiados nos tanques. Portanto, como norma de vida, ao invés de evitar desafios, mergulhe dentro deles. Massacre-os. Curta o jogo. Se seus desafios são muito grandes e numerosos, não desista, se organize! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá ao encontro dos objetivos do seu grupo, da sociedade e até mesmo da humanidade. Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer a diferença.

“Ponha um tubarão no seu tanque e veja quão longe você realmente pode chegar!”.

Realmente quanto maior forem os nossos desafios, maior serão as nossas conquistas e seremos felizes. E também, iremos progredir ou crescer enquanto pessoa humana. Nesse sentido, coloquemos objetivos desafiadores, que possam nos auxiliar a conquistar as maravilhas da vida.